Vereador José Maria pede que LAU cumpra o regulamento em respeito ao futebol

Vereador José Maria pede que LAU cumpra o regulamento em respeito ao futebol

Durante a reunião ordinária da Câmara Municipal de Ubá, na noite desta segunda, 6 de novembro, o Vereador José Maria Fernandes (PSL), fez um desabafo sobre o que está acontecendo no Campeonato Regional 2023, da Liga Atlética Ubaense (LAU).

 

O Vereador falou sobre o ocorrido no jogo entre Spartano x Diamantense, da quarta-de-final do campeonato regional, na qual resultou em uma nota oficial repudiando os atos de vandalismo e anti-jogo praticados durante a partida que não teve o término completo no Estádio Adolfo Nicolato em Rodeiro.

 

“Eu vou falar de um fato que ocorreu agora dia 29, uma coisa que movimenta bastante a cidade, não só a cidade, mas toda a região, que é o campeonato regional, o campeonato de futebol regional, do qual o meu Diamantense, do distrito de Diamante, está lá empenhado, também e disputando.

Eu tenho aqui o regulamento do campeonato, todinho, já li de frente para trás, de trás para frente, de qualquer forma, apesar de eu ter um pouquinho de dificuldade cognitiva, mas eu sei bem ler. Eu gosto sempre de falar isso aí, porque é absurdo isso aí.

A liga cobra 5 mil reais de cada clube para poder fazer a inscrição, são 12 clubes, multiplica, dá 60 mil. Desses 60 mil, ela devolve ao clube 3 mil reais e fica com 2, significa que ela vai ficar com 24 mil reais. Desses 24 mil reais que a liga fica com ele, ela não tem despesa alguma, porque o mesário é pago pelo clube, a arbitragem é paga pelo clube, segurança privada é paga pelo clube e outras despesas mais.

Mas eu quero chegar em um outro ponto, no ponto do regulamento. Mas para eu poder chegar no regulamento, eu vou ter de relatar uma história aqui, infelizmente foi com o meu clube e com o Spartano de Rodeiro, da nossa cidade vizinha a Diamante. Nós recebemos o Spartano uma semana e no dia 29 fomos até rodeiro fazer o jogo de final. E no jogo em Diamante, eu fiz um requerimento, protocolei na segurança vigente do primeiro batalhão pedindo policiamento. Não sei por que cargas d 'águas esse policiamento não foi a Diamante. Depois fiquei sabendo que alegaram que o policiamento não podia entrar no evento privado. Não precisava de entrar no campo de futebol, mas tinha de estar no mínimo na rua, que é lugar público, na saída tinha de estar. Arrumaram umas desculpas, de baleado no Bom Sucesso, de revolver. Na saidinha, a polícia devia estar ali e não estava.

O Diamantense se sentindo lesado, entrou com um pedido de denúncia e nesse pedido de denúncia a Liga exige que paga mil reais para poder fazer essa denúncia. Essa denúncia foi feita dentro do prazo de dois dias, que é o prazo que a gente tem. E a Liga acatou a denúncia.

Hoje, surpreendentemente, teve uma reunião cedo, só vou voltar um pouquinho atrás. No jogo em Diamante teve alguns entraves, discussão, acalorada, teve, mas não teve briga, não teve confusão, não teve agressão, não teve nada que atrapalhasse o andamento da partida, tanto é que a partida foi até o final. Já em Rodeiro, nós fomos recebidos com bombas, várias bombas, fomos recebidos com várias bolas sendo jogadas a campo para poder interromper o futebol, apagaram a luz e refletor, agrediram o mesário, que o mesário disse que não, mas eu tenho vídeo que foi agredido. Então, tudo isso que está aí nos levou a fazer a reclamação.

E hoje de manhã, surpreendentemente, faz -se uma reunião na Liga, onde o presidente do Diamantense chega na Liga sozinho e não tinha ninguém na Liga. De repente, de uma hora para outra, chega aquele comboio de carro, um carro atrás do outro, todos eles juntos. Aí tinha diretoria do Spartano, tinha os advogados, tinha o pessoal da Liga, todo mundo, menos o Diamantense, que estava já aguardando na Liga. É uma coisa se explicar, porque que chegaram todo mundo na mesma hora no mesmo comboio? Alguma coisa pode ter acontecido um pouco antes. Mas, voltando à questão da segurança, em Diamante, eu fiz o ofício, protocolei no comando da polícia e a polícia não compareceu. Se ela não compareceu, eu fiz, nós fizemos a obrigação de protocolar. Segundo o comandante, porque o estádio não oferecia segurança. Se não oferecia segurança, tem uma pergunta que eu quero fazer para ele amanhã. Por que no jogo do Portuense teve polícia militar? Por que que no jogo do Mineirinho teve polícia militar? E por que que o jogo do Spartano não teve polícia militar? Eu queria saber a resposta.

Nós temos uma VCB do campo. Quem pode vetar a segurança é o corpo de bombeiro. Nós temos uma VCB do corpo de bombeiro, que pode ser realizada. A outra coisa que o Spartano está alegando é que não tinha segurança, não tinha polícia, o jogo não era para ter acontecido. Eu tenho aqui o artigo 27, que é mais ou menos, vou ler mais ou menos o seguinte. A equipe mandante deverá apresentar ao representante da Liga Atlético Ubaense, antes da partida ser iniciada, cópia do pedido de policiamento protocolo junto ao órgão da polícia militar. Em caso de não comparecimento da polícia militar, o árbitro e o representante comunicarão às duas equipes e poderá iniciar a partida com presença de, no mínimo, seis segurança privada. Tinha 22 seguranças no jogo do Diamantense, não era seis.

O que é que quer dizer isso aqui? Que todas as pessoas no futebol lá, faltou a polícia militar, mas os dois times concordaram de fazer jogar futebol e o time se sentiu seguro. Porque agora, depois de uma semana, vem reclamar de uma coisa que aconteceu lá, sendo que a partida foi terminada. O que não aconteceu no Spartano.

O que eu quero da dona Liga Atlética Ubaense é que ela seja simplesmente mais ou menos igual a LEC de Cataguase. A LEC de Cataguases puniu um dos principais times da região deles, pelo sub -11 ter invadido o campo. Pelo sub -11 ter invadido o campo. Puniu por dois anos. Aqui fica essa conivência com esses erros. Depois não quer ser criticado. Tem de ser criticado. Não toma nenhuma providência. O Diamantense quer, primeiro, que seja julgado a reclamação que foi protocolada na Liga. E isso aí, o ofício já está na Liga. O Diamantense não concorda de jogar a terceira partida. Vai para a justiça, vai para onde for. Não concorda, porque está se sentindo lesado.

Eu quero lembrar vocês que a única área de lazer que nós temos dentro do Distrito de Diamante é o campo de futebol. Onde as crianças e os adultos praticam esporte. É a única coisa de lazer que nós temos lá. E eu não posso deixar isso morrer. Agora tem a capoeira também, um projeto de capoeira da gente lá.

Vocês não têm ideia de como isso é. As pessoas se unem através disso aí. É uma coisa até surreal. De tanto que as pessoas gostam. Então, por isso eu estou me sentindo na obrigação pela comunidade. Eu moro lá. Eu sou de lá. Não sou vereador de Diamante. Sou vereador de Ubá. Mas eu represento também a minha comunidade. Assim como o Lek representa a comunidade da Colônia. Entendeu? E assim como tem outras pessoas aqui que representam bairros aqui. E eu tenho por obrigação de falar sobre isso. De mostrar a minha indignação e que a LAU reveja todos os conceitos dela com relação a elaborar um plano, um regulamento para campeonato. E que, elaborando esse regulamento, que siga ele na risca. Eu não estou pedindo para poder punir A ou B. Não. Eu estou pedindo que seja justo. Eu estou pedindo que haja conforme está aqui no regulamento. Só isso que estou pedindo.

Presidente, perdão a todos aí pelo desabafo. Mas eu tinha de falar isso porque eu devo para a minha comunidade lá uma satisfação a respeito disso aí. E o restante da segurança a gente vai tratar com o comandante amanhã, que é ele que interessa o assunto de segurança”. Declarou o Vereador José Maria Fernandes