10ª Edição do Encontro de Amigos comemora o Dia Nacional do Samba em Ubá

10ª Edição do Encontro de Amigos comemora o Dia Nacional do Samba em Ubá

O dia 02 de dezembro é celebrado um dos ritmos musicais mais apreciados no Brasil, o Samba. Este dia foi instituído como O Dia Nacional do Samba em homenagem a um dos maiores nomes da música brasileira e sambista de Minas Gerais, Ary Barroso, que no final da década de 30, compôs a música "Na Baixa do Sapateiro", canção esta que expressava todo o seu amor pelo estado da Bahia "Eu me descobri na Bahia. Os seus ritmos, seus candomblés, suas capoeiras, sua gente (...) foram uma revelação pra mim. Fiquei de tal modo impressionado que o jeito foi exteriorizar a minha admiração através da música." Disse o mineiro em uma entrevista no ano de 1962. O povo da “terra de todos os santos” adotou a música de Ary, como tema, pelo fato de a obra ter traduzido perfeitamente a vida na região. Quando em 1963 um vereador resolveu estender essa homenagem, instituindo a data como dia do samba, que anos mais tarde se tornou data oficial em território nacional.

Em Ubá esse ano o Trenzinho circulou pelas ruas de Ubá manha deste sábado, 16 de dezembro para comemorar o Dia Nacional do Samba, que foi idealizado por um grupo de amigos e apaixonados por samba, o evento tem a coordenação do Natal da Ferrari, Marcinho Calçado e Maria David.

A concentração aconteceu na Praça São Januário e desta vez com dois trenzinhos, 70 camisas foram distribuídas aos participantes devido ao limite de público nos trenzinhos. Depois de passar pelo centro, a festa de alegria foi com contagiando com muito samba e parou na Praça Getúlio Vargas, onde aconteceu uma roda de samba e a confraternização se estendeu pelo resto da tarde.

 Natal da Ferrari falou com nossa reportagem como teve a ideia de trazer essa alegria contagiante para as ruas de Ubá em cima de um trenzinho.

 

“Sem dúvida nenhuma, Ubá preza por ser uma cidade musical. Tivemos aqui vários Nelson Ned, Ary Barroso e temos hoje também grandes músicos na cidade.

Chegamos hoje na 10ª desse encontro de amigos e tudo começou quando tive o prazer de conhecer vários sambistas da Portela, entre outros, Zeca Pagodinho no Rio de Janeiro. Tive o privilégio de sair no trem da Central do Rio de Janeiro até Oswaldo Cruz. Porque o samba antigamente era muito recriminado. O samba não era bem visto, era como se fosse uma turma de vagabundos. Então, isso foi rompendo barreiras e criaram uma alternativa. Foi quando eles resolveram cantar dentro do trem, porque uma polícia não vai parar um trem em movimento. Como eu tive o privilégio de passar por isso e presenciar isso ao vivo, tive a ideia de fazer isso em Ubá. Pegamos o trenzinho e colocamos gerador, caixa de som, a turma toda com microfone. Resolvemos brincar, é a forma que eu encontrei de Ubá comemorar o dia do samba.

O dia do samba é comemorado sempre no dia 2 de dezembro. Sim. Mas, infelizmente, nós temos uma parceira, nossa, Maria David, né, juntamente comigo, com o Marcinho. Ela é a guerreira que, né... Nós a chamamos de madrinha do samba e ela, infelizmente, mês passado, perdeu uma irmã muito próxima do evento. Então, a gente falou assim, não, vamos deixar a Maria passar esse período do luto dela. Vamos postergar a realização do evento. E logo no dia 9, semana passada, teve o Encontro Pagodeiros”. Destacou Natal da Ferrari

 O samba pioneiro

 

Um estilo musical cheio de gingado e melodia que encanta pelas danças e também pela execução que exige harmonia e talento de todos os músicos envolvidos na roda de samba. "Pelo telefone", composição de Donga datada de 1916, é considerado o primeiro samba brasileiro, por substituir o maxixe. Nessa época, já se podiam gravar as músicas em discos.

Na mesma ocasião, surgiram muitos compositores de grande talento, como Pixinguinha, João da Baiana, Sinhô e Heitor dos Prazeres.O samba foi tomando uma expressão urbana e moderna. Começou a ser tocado nas rádios, se espalhou pelos morros cariocas e nos bairros da zona sul, conquistando um público de classe média também.

Mais tarde, em meados do século 20, Dorival Caymmi e João Gilberto deram uma nuance sofisticada para o samba, misturando-o com outras influências musicais.